DICAS E CURIOSIDADES

Dicas e Curiosidades

HISTÓRIA DAS CORDAS

O uso de cordas para a caça remonta aos tempos pré-históricos. É provável que as primeiras “cordas” foram feitas apenas com o agrupamento das fibras vegetal, evoluindo para as primeiras tentativas de torção e trançado. Impressões de cordéis encontrados em barro cozido fornecem evidências de uma corda encontrada na Europa há 28.000 anos e fragmentos fossilizados “provavelmente com duas camadas de cordas com cerca de 7 mm de diâmetro” foi encontrado em uma das cavernas em Lascaux, datada de aproximadamente 15.000 a. C.

Os antigos egípcios foram provavelmente a primeira civilização a desenvolver ferramentas especiais para “fabricar” cordas. A corda egípcia remonta de 3500 a 4000 anos a. C., e eram geralmente feitas de fibras de cana. Outras cordas na antiguidade foram feitas a partir de fibras de palmeiras, linho, grama, papiro, couro ou pêlos.

O uso de tais cordas, puxadas por milhares de trabalhadores possibilitou aos egípcios moverem as pedras (pesadas) necessárias para construírem os seus monumentos.

A partir de cerca de 2800 a. C., as cordas feitas de fibras de cânhamo estava em uso na China. Se espalhando por toda a Ásia, Índia e Europa nos próximos milhares de anos.

Leonardo da Vinci desenhou esboços de um conceito para uma máquina de fazer corda, mas nunca foi construído. No entanto, feitos notáveis de construção foram realizadas sem tecnologia avançada: Em 1586, Domenico Fontana ergueu o obelisco de 327 ton na Praça de São Pedro em Roma, com um esforço concentrado de 900 homens, 75 cavalos, inúmeras polias e cordas. No final do século 18 várias máquinas tinham sido construídas e patenteadas.

Até hoje, cordas de fibras naturais, como sisal e fibra de coco são fabricadas, apesar do domínio de fibras sintéticas tais como o nylon poliamida e o polipropileno, que se tornaram cada vez mais popular desde os anos 1950.

Fonte: Wikipédia

Entre as inúmeras aplicações, podemos destacar a grande importância das cordas no segmento de Pesca, Construção Civil, Eletromecânica, Naval, Industrial, além de atividades profissionais como trabalho em altura, uso esportivo e recreativo, entre outros.
Podemos afirmar que apesar de simples, seu uso é quase irrestrito.
As cordas estão e estarão sempre presentes como auxiliares responsáveis pela conquista de várias situações em que o homem sozinho jamais ousaria desafiar.

Tipos de Cordas e Fibras


Fibras mais utilizadas na cordoaria

São divididas em Naturais e Sintéticas, sendo estas últimas, hoje em dia,as preferidas, principalmente pelas suas características de resistência à tração e durabilidade. São elas:

Naturais
Das que ainda são produzidas na indústria brasileira, podemos destacar o sisal e o algodão. Além disso, existem ainda o cânhamo, manila, rami e a juta.

Sintéticas
Entre as principais, destacam seo Poliamida (nylon), Polipropileno, Polietileno e Poliéster.

   Principais características

Resistência Física
Características Poliamida (Nylon) Poliéster AT Polipropileno Politileno Sisal
Absorcão ao choque Excelente Bom Muito Bom Razoável Fraca
Resistência à abrasão Muito Bom Excelente Muito Bom Bom Excelente
Resistência à fadiga Bom Excelente Excelente Bom Fraca
Resistência à tração Bom Excelente Muito Bom Razoável Fraca
Flutuabilidade Negativa Negativa Positiva Positiva Negativa
Raios UV Muito Bom Excelente Bom Razoável Bom
Alongamento Médio Baixo Médio Alto Baixo

   Resistência Química

Características Ácidos Alcalinos Solventes Orgânicos
Poliamida (Nylon) Razoável Muito Bom Muito Bom
Poliéster AT Bom Razoável Bom
Polipropileno Excelente Excelente Muito Bom
Polietileno Excelente Excelente Muito Bom
Sisal Fraca Fraca Muito Bom

   O que devo saber?

O quê observar na hora de escolher uma corda
Diâmetro

É a espessura da corda Traduzida em milímetros ou polegadas. Nas aplicações em que a mão do homem estará em permanente contato com a corda, é importante que se observe a “pega” diâmetros inferiores a 12 mm não são recomendados nestes casos.


Rendimento

É a quantidade de metros encontrada em um quilo de corda. Cordas de um mesmo diâmetro têm rendimentos diferentes em função do peso específico de suas matérias primas.


Carga de Ruptura

É o ponto de rompimento de uma corda quando submetida a esforço de tração maior que a sua resistência.

Ao escolher uma corda, nunca o faça pelo seu limite que é a carga de ruptura. Utilize sempre a CARGA DE TRABALHO como padrão de carga a ser usada. Lembre-se que a carga de ruptura é o limite máximo de resistência à tração da corda.

Importante: ao dar um nó em uma corda a sua resistência é automaticamente reduzida (tem-se o efeito de nós e emendas).

Portanto, lembre-se que as tabelas de cargas de rupturas referem-se a cordas sem nó.


Elasticidade

É a propriedade de alongamento de uma corda. Este alongamento (alto ou baixo) é o resultado de uma combinação de elasticidade da fibra e da construção utilizada na corda. Cordas com maior alongamento são mais indicadas para aplicações em que o “tranco” é um fenômeno que ocorre com freqüência. A alta elasticidade é capaz de reduzir o impacto e absorver melhor sua energia.

Carga de Trabalho

Carga de Trabalho significa a carga média ideal a que uma corda deve ser submetida quando em uso. Este é o padrão correto na escolha de uma corda. A carga de trabalho está intimamente relacionada com a carga de ruptura, isto é, ela é encontrada usando-se um fator redutor na carga de ruptura. Este redutor pode variar de acordo com o grau de responsabilidade e risco empregado no uso de uma corda.

Em aplicações de baixo risco é utilizado um fator redutor entre 5 a 7 vezes a carga de ruptura. Já para aplicações em que existe o risco de vidas humanas, o fator (índice) aumenta para 10 a 12 vezes a carga de ruptura, internacionalmente o valor mínimo é de 2000 kgf e para operações de resgate 4.000kgf (NFPA). Consulte sempre um especialista para o cálculo correto.

Importante: neste caso também deve-se considerar a queda de resistência à tração de uma corda quando da aplicação de um determinado nó, o qual poderá reduzir a resistência em até 50%.

Exemplo: uma Corda cuja carga de ruptura seja de 1.400 kgf, para aplicação de baixo risco, calcula-se da seguinte forma: 1.400 : 7 = 200.


Flutuabilidade

É a capacidade que uma corda tem de flutuar quando em contato com a água. Esta flutuabilidade é decorrente do peso específico da fibra utilizada na produção da corda. Em determinadas aplicações, a flutuabilidade é um fator importante e decisivo na escolha de uma corda.

Exemplo: Corda (ou cabo) para âncora (poita) de embarcações deve (por lei) afundar para evitar que ao flutuar outras embarcações enrosquem suas hélices ao passar perto de um barco fundeado.

   Cuidados e recomendações no uso de cordas

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